Declaração da Diretora-Geral do FMI Kristalina Georgieva na conclusão de uma reunião com a UNECA e os Ministros das Finanças Africanos sobre a Covid-19
30 de setembro de 2021
Washington, DC. A Sra. Kristalina Georgieva, Diretora-Geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), reuniu-se hoje com os Ministros das Finanças Africanos e representantes da Comissão Económica das Nações Unidas para África (UNECA), para discutir a resposta africana à pandemia da Covid-19 e os esforços necessários para alcançar uma recuperação sustentável, verde e inclusiva.
No final da reunião, a Sra. Georgieva fez a seguinte declaração:
“Em 2020, a pandemia da Covid-19 provocou uma recessão sem precedentes em África. O nível de pobreza aumentou e os sistemas de saúde foram severamente postos à prova. Os países africanos implementaram medidas robustas para conter a pandemia e mitigar o seu impacto económico sobre as populações. Prevê-se uma recuperação lenta para 2021, e os constrangimentos no fornecimento de vacinas e recursos financeiros limitados devem pesar nas perspetivas macroeconómicas.
O FMI reagiu rapidamente face a esta situação, proporcionando níveis excecionais de assistência financeira aos países membros. Entre meados de março de 2020 e meados de setembro de 2021, o FMI aprovou 66 pedidos de apoio financeiro aos países africanos, dos quais 52 pedidos emanaram de países de baixo rendimento. Durante este período, o apoio financeiro prestado aos países africanos atingiu um nível sem precedentes de 26,2 mil milhões de DSE (36,5 mil milhões de USD), dos quais 12,8 mil milhões de DSE (17,8 mil milhões de USD) beneficiaram os países de baixo rendimento.
O FMI reforçou recentemente a sua capacidade de conceder apoio financeiro a África. Aumentou a sua capacidade de financiamento em condições concessionais ao abrigo do Fundo Fiduciário para a Redução da Pobreza e o Crescimento (PRGT). Além do mais, em agosto de 2021, a Assembleia de Governadores do FMI aprovou a maior alocação de DSE na história da instituição, equivalente a 650 mil milhões de USD (cerca de 456 mil milhões de DSE), incluindo cerca de 33 mil milhões de USD para África. A utilização transparente e responsável destes recursos, no contexto dos quadros de política económica a médio prazo, é essencial para assegurar uma resposta eficaz e sustentável às necessidades geradas pela pandemia.
Durante as nossas deliberações, os participantes salientaram que as necessidades em matéria de financiamento dos países africanos, especialmente as dos países de baixo rendimento, deverão permanecer elevadas nos próximos anos, à medida que os países se esforçam para superar o impacto da pandemia, promover reformas, abordar os custos de adaptação às alterações climáticas e fomentar a recuperação económica. Neste contexto, o FMI está a explorar opções adicionais para ajudar os países mais pobres e mais vulneráveis nos seus esforços de recuperação, e para facilitar um crescimento mais resiliente e sustentável, através de uma potencial canalização de DSE. Isto permitiria aos países membros que têm posições externas sólidas reafectar, voluntariamente, parte dos seus DSE para ajudar os países membros mais vulneráveis. O FMI está, ainda, a reforçar as suas parcerias com outras instituições multilaterais, com o objetivo de ajudar os países na sua recuperação. Durante as nossas discussões de hoje, foi muito reconfortante saber que há um forte interesse dos decisores políticos africanos em trabalhar com o FMI na canalização de DSE para financiar reformas de longo prazo, nomeadamente para o aumento da resiliência aos impactos das alterações climáticas e o reforço da capacidade do setor da saúde.”
Departamento de Comunicação do FMI
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